U.S. Route 30
A fotografia é a maior invenção da história. É o que definitivamente nos difere de outras espécies, a capacidade de admirar, ler e se emocionar com um instatâneo do passado, pois a tecnologia que o cria não é por si o maior feito. Nostalgia e saudade disputam nossa razão, mesmo sendo de coisas não vividas porém reconhecidas no íntimo como parte de nossa própria natureza. Sem a fotografia, eu não digo que saberíamos menos sobre nós mesmos. Apenas acho que este conhecer seria diferente. Com ela, abrem-se no espírito portas para outras realidades que nos permitem saber mais, conhecer melhor sobre outros que não nós mesmos. A fotografia é por isso coletiva, é de todos – universal. Pode ser admirada e apropriada sem restrição cultural ou política alguma. Ela é o artifício de uma humanidade que aprendeu a se perpetuar para também entender-se mais adiante. São garrafas com mensagens complexas lançadas ao mar rumo ao futuro, que precisam ser resgatadas sempre, mais de uma vez. Este conhecer que elas representam não se esgota em nossa época. Por isso preservá-las é tão importante. O que será lido hoje não necessariamente terá eco quando recolhidas do vasto oceano amanhã. Vamos pois, iniciar nossa parte nesta aventura que é re-descobrir fotografias.
Clique no play. Vamos ouvir Stephane Grapelli tocando um clássido do Django Reinhardt.“Lover, come back to me”.
As fotos a seguir encontrei ontem, no acervo da Life Magazine. Route 30, rodovia que corta a América do Norte de leste a oeste e que têm sua origem na década de 20, época da construção do atual sistema rodoviário americano. Ao contrário da Route 66, ainda é utilizada. E se não é a mother road, foi quase isso.
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