A HISTÓRIA DO RURAL Willys
Três anos depois era adotado um motor nacional, fabricado em Taubaté, SP. Em 1960, aproveitando a oportunidade da nacionalização completa dos componentes, a Willys redesenhava sua frente para adotar um estilo próprio, exclusivo para o Brasil. Larga e agressiva, há quem diga que ela se parece com a estrutura frontal do Palácio da Alvorada, em Brasília, se vista invertida. Vinham também o pára-brisa e o vidro traseiro inteiriços, como no modelo americano.
O sucesso da Rural não demorou a vir, tornando-se um veículo muito desejado. O mercado nacional era escasso de opções, havendo apenas a Volkswagen Kombi com capacidade de transportar uma grande família, ou um grupo de trabalho, por terrenos acidentados. Tornou-se comum ver a perua da Willys em frotas de serviços e também no uso urbano. Em 1961 era introduzido oPickup Willys.
A publicidade tentava a todo custo passar uma imagem de lazer, mas o caráter utilitário e desbravador da Rural era seu maior argumento de vendas
O uso familiar, longe dos atoleiros, tornava-se mais freqüente com o lançamento, em 1964, da versão 4x2: tinha a alavanca de câmbio na coluna de direção e suspensão dianteira independente, com molas helicoidais, para um rodar mais confortável e melhor estabilidade. "Curva fechada não existe para ela", dizia a publicidade.
Outros aprimoramentos vinham de tempos em tempos. Em 1965 ganhava limpador de pára-brisa elétrico (não mais a vácuo), outra grade na versão 4x2 e câmbio de três marchas com a primeira sincronizada -- uma vantagem nos subidões, por não ser preciso habilidade para engatá-la quando a segunda não dava conta do recado. Um ano depois, alternador no lugar do dínamo, carburador recalibrado para menor consumo e roda-livre para a 4x4. Novo painel de instrumentos, trava de direção, nova grade e câmbio de quatro marchas sincronizadas vinham em 1967.
Num anúncio de 1970, a mamãe leva as crianças à escola, desfrutando do "domínio das ruas" que só um utilitário pode proporcionar.
Rural Willys 1959
A produção na Rural no Brasil começou em 1956 e foi até o ano de 1982. O modelo começa a ser feito no País com motor 2.6 de 6 cilindros, frente igual à do norte-americano e carroceria pintada de duas cores, tipo “saia-e-blusa” Em 1959 a carroceria foi reestilizada e ganhou vidros inteiriços na frente e atrás, novas sinaleiras traseiras, além de pára-lamas dianteiros e frente redesenhada, que seria mantida até o final de sua produção no Brasil, em 1977 Em 1961 o modelo ganha versão picape. Opção 4×2 viria três anos depois Em 1968 a Willys Overland do Brasil é adquirida pela Ford Em 1969 a Ford-Willys anuncia 406 inovações no carro.
Das principais, eixo traseiro de maior diâmetro, conhecido por “canela grossa”, e diferencial autobloqueante. Um ano depois o motor 2.6 daria lugar ao 3.0 que produz 132 cv brutos Em 1972 nome do modelo muda de Rural Willys para Ford Rural e a versão 4×2 Luxo, com suspensão dianteira independente, deixa de ser produzida.
E em 1975 com a crise do petróleo, neste ano a Rural ganhou motor Ford OHC 2300 de quatro cilindros, mais econômico, acoplado ao câmbio de quatro velocidades com relações de marchas mais curtas 1977 a SW deixa de ser feita. O jipe e a picape continuariam até 1982.
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